terça-feira, 15 de maio de 2007

Não cantarei o amor


Não há motivos para que eu fale de amor.
Afano amor pelo desvão,porém não o vejo!

Sou consequência do meio onde vivo, e
Neste ambiente o ódio, a arrogância e a crueldade reinam.

No momento trinta e nove infames humanos nesta cidade
Tentam o suicídio.Porquê?

Talvez a beleza das almas expurgadas os espantem;
Quiçá a concórdia lhes deixem manembros.

Indago à Deus.Criador dos mandamentos onde estás?
Há piedade para mim?

E para aquele cujo pé pisa no próprio semblante?
[Não,não há!

Observo no vértice da rua uma rosa;
Rosa de plástico?rosa de vento?

Rosa Quimérica!
Murcha e imcompreensível como eu.

Os poetas cantam o suposto belo amor
[Pura maquiagem da desgraça...O poeta é um ébrio do mundo

Bravateio atonitamente...grito,
No entretanto, veementemente, conteste

Não há porque cantar o amor.
E morro...

Um comentário:

sem título disse...

Não é pq vc tenha a certa medição das palavras, colocadas com maestria nos versos que a seguem,q poderá livre e à vontade se deixar levar pela técnica "fingida" do poeta.Se um dia a tua esperança -do amor à vida- chegar ao teu coração e ali montar irredutível acampamento não seja resistente.tome a certeza de que a condescêndencia pela vida vai te tornar o homem mais exultante neste mundo..neste grande mundo.
Calma julio,eu entendi que tudo aquilo escrito não te pertence na alma e muito menos no coração,mas coube a mim,sei lá,talvez por desmedido tempo de lição à realidade eu o fiz.
eu sei que as coisas tristes têm por intenção aproximar os homens.
Mas qual o papel do amor em relação a humannidade?