quarta-feira, 25 de abril de 2007

Canto e Morte

De tanto cantar
Cansei de ser eu,
De tanto matar
Minha vida morreu.

Matei imagens,
Solenes e escarnosas
E todas as paisagens,
Psicodélicas raivosas.

Risos de paralelepípedo
Caçoam do meu canto.

Devassas santificadas
Vivem do meu pranto.

2 comentários:

sem título disse...

Júlio,meu caro poeta.
eu achei muito interessante a sua poesia "canto e morte"...no início, nela tinha contida qualquer coisa de
triste,revolta e desilusão.Isso eu acho fantástico quando são expressas desta maneira cortante,agressiva...na precisão da faca!
agora,eu só achei que o ritmo que vinha muito bem no início se quebrou com o advento das duas últimas estrofes...

"Risos de paralelepípedo
Caçoam do meu canto.

Devassas santificadas
Vivem do meu pranto".
Leia em voz alta pra ver se isso vc percebe.

Unknown disse...

bom fim de poema